quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ataxia de Friedreich


Histórico
A Ataxia de Friedreich foi a primeira forma de ataxia hereditária a ser distinguida de outras formas de ataxia. O seu nome tem origem do médico neurologista alemão Nicholaus Friedreich (1825-1882),professor de medicina em Heidelberg, Alemanha, o primeiro a descrever em 1863 a misteriosa doença caracterizada pela perda gradual de coordenação e progresiva degeneração do sistema nervoso. No final do século XIX um número considerável de pacientes tinham sido diagnosticados como tendo a mesma condição e a doença foi pela primeira vez discutida na Sociedade Médica de Londres em 1880.
Em 1957, foi fundada a NAF – National Ataxia Foudation.
Em 1988, a pesquisadora Susan Chamberlain e colaboradores localizaram o gene da ataxia de Friedreich no cromossomo 9, descoberta que representou o primeiro passo na pesquisa dos fundamentos genéticos da ataxia de Friedreich.

Hereditariedade
A Ataxia de Friedreich é uma doença genética ou hereditária, isto significa que ela é causada por uma anormalidade de um gene. Pessoas que tem uma cópia de um gene alterado são chamadas de portadores da Ataxia de Friedreich e podem passar o seu gene alterado para os filhos, mas estes portadores não tem nenhum sintoma da doença, isto porque a segunda cópia do gene está a funcionar bem, e isso é suficiente para prevenir a ocorrência de qualquer sintoma. Uma dose dupla do gene alterado é necessária para causar os sintomas; a doença pode afectar homens e mulheres com igual probabilidade.
Somente quando dois portadores do gene desta ataxia têm filhos, existe a probabilidade de um ou mais desenvolverem a doença। Como a criança deve herdar uma cópia defeituosa de ambos os pais portadores, a probabilidade é de 1 em 4 ou 25% de desenvolver a Ataxia de Friedrich.


Diagnóstico
As propriedades inerentes aos ácidos nucléicos e o advento de tecnologias para o isolamento e a manipulação dos genes, possibilitam a identificação de agentes específicos através do ADN. A utilização destas técnicas em diferentes campos abriu o caminho para a medicina prognóstica, permitindo um melhor acompanhamento clínico do paciente.
A descoberta do gene da ataxia de Friedrich proporcionou a possibilidade, até então inexistente, de confirmação de um diagnóstico clínico através de um teste genético। Esse teste tem também revelado que a ataxia de Friedrich tem um espectro muito mais largo de sintomas do que se pensava antes. O teste genético para ataxia de Friedrich utiliza uma pequena amostra de sangue para determinar se os cromossomos da pessoa testada contém a expansão de tripla repetição no gene correspondente (analise direta do gene no cromossomo 9). Embora o teste possa determinar o número de repetições presentes, esse resultado não deve ser utilizado para predizer o curso da doença. Outros membros da família podem ser testados para verificar se são portadores ou se podem também desenvolver a ataxia de Friedreich.


Sintomas
Geralmente os primeiros sintomas da ataxia de Friedreich são observados durante a infância ou nos primeiros anos da adolescência, contudo em alguns indivíduos o diagnóstico tem sido efectuado tão cedo como aos 2 anos ou tão tarde como aos 25 anos. Os primeiros sintomas são usualmente a dificuldade com o equilíbrio, coordenação prejudicada das pernas ou braço e a dificuldade na articulação das palavras. Uma pessoa com ataxia de Friedrich pode ter dificuldades de movimentos precisos com os lábios e a língua, tornando seu modo de falar mais vagaroso e de difícil compreensão.
Com o passar do tempo, indivíduos com ataxia de Friedrich frequentemente notam uma piora de sua coordenação e fala, dificuldade em saber aonde os seus pés e mãos estão no espaço (senso de posição prejudicado) e fraqueza e perda de massa muscular nas pernas e mãos. A curvatura da espinha dorsal e alta cavidade nos pés podem ocorrer e requerem tratamento específico. Crescimento do coração, batimento cardíaco irregular ou outros sintomas de problemas cardíacos podem ocorrer em alguns indivíduos com ataxia de Friedreich.

Causas
A ataxia é frequentemente mais causada por uma perda da função do cerebelo, a parte do cérebro que serve como centro de coordenação, localizado na parte inferior da cabeça, na base do cérebro. A parte central do cerebelo é responsável pela coordenação dos movimentos complexos de andar. Outras partes que o constituem ajudam a coordenar o movimento dos olhos, da fala e da deglutição.
A ataxia pode também ser causada por uma disfunção das vias condutoras para dentro e para fora do cerebelo. As informações são levadas para o cerebelo da medula espinal (a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral) e de outras partes do cérebro.
Uma pessoa com a energia ou a capacidade sensorial prejudicada pode notar perda de coordenação, e ser então diagnosticada ataxia.
Muitas condições médicas ou neurológicas podem causar ataxia. Algumas vezes a ataxia aparece subitamente, outras vezes aparece gradualmente. Condições em que a ataxia pode aparecer subitamente incluem traumatismo craniano, derrame cerebral, hemorragia cerebral, tumor cerebral, anomalia congênita (má formação da parte posterior do cérebro), pós-infecção (depois de uma grave infecção viral), exposição a certas drogas ou tóxicos (por exemplo, álcool ou intoxicação medicamentosa), ou após uma paragem cardíaca ou respiratória. Condições em que a ataxia pode aparecer gradualmente incluem hipotireoidismo, deficiência de certas vitaminas (por exemplo, vitamina E ou vitamina B12), exposição a certas drogas ou tóxicos (por exemplo, metais pesados, excesso de medicação, alcoolismo crónico, certas drogas cancerígenas), algumas espécies de cancro (por exemplo, de ovário ou de pulmão), anomalia congênita (má formação da parte de posterior do cérebro), esclerose múltipla, sífilis (ataxia locomotora), doenças hereditárias ou degeneração cerebelar de causa desconhecida.

Consequências
Os portadores desta ataxia, têm várias consequências que lhe são características. Estes doentes, entre o meio e o fim da segunda década de vida, necessitam de ajuda para andar e são confinados a uma cadeira de rodas para o resto da vida, ficando completamente dependentes da família e podem morrer mais cedo devido à insuficiência cardíaca associada à doença.
Também conhecida por ataxia do tronco, tem como consequências iniciais a má coordenação e quedas frequentes e estes podem ser os únicos sinais da doença durante muitos anos. Alguns pacientes apresentam uma atrofia óptica em estagios posteriores da doença. As deformidades ósseas progressivas incluem o pé arqueado e, menos consistentemente, um palato deformado e com um arco alto.
Ao longo da doença perdem as suas percepções de dor e de temperatura, e uma fraqueza moderada torna-se frequente.
Cerca de metade dos pacientes passam a apresentar sopros e bloqueios cardíacos. Podem ocorrer paradas cardiopulmonares e insuficiência cardíaca congestíva. Uma pequena percentagem dos pacientes sofre um retardo mental.


Tratamento
O tratamento da Ataxia, primariamente envolve o uso de dispositivos adaptados para permitir ao indivíduo manter tanta independência quanto seja possível. Tais dispositivos podem incluir: bengalas, muletas, ou cadeiras de rodas para aqueles com dificuldades de caminhar; dispositivos para auxílio na escrita, na alimentação e nos cuidados pessoais e aparelhos de comunicação para aqueles com dificuldades de fala.

13 comentários:

  1. Olá .
    Tenho uma priminha de 15 anos que lhe foi diagnosticada ataxia...eu nunca ouvi falar em tal doença e posso dizer que estou muito assustada com o que tenho lido sobre o assunto.
    Preciso de ajuda para ajudá-la , mas não sei como , por isso peço que se me poderem dar alguma imformação me enviem um mail para gra_btt@hotmail.com
    Desde já ...obrigado

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    1. oi...eu tenho ataxia de Friedrich qual é a da sua prima? entre em contato cmgo 11962777333

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  2. bom dia, me chamo ilse e descobri que tinha a ataxia aos 21 anos, hoje tenho 48 anos, infelizmene a cura realmente ainda não existe, ja fiz tratamento com vitamina e e buspirona, que em algumas pessoas pode amenizar os prejuizos causados pela ataxia principalmente no que se refere á coordenação motora e equilibrio. é uma doença que em mulheres não é fulminante, podendo a pessoa do sexo feminino chegar a uma idade avançada. o que tem de ser feito é aprender a lidar com a ataxia e não desistir de viver jamais.espero que possa ter ajudado. fisioterapia e hidroterapia também podem ajudar!!!

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    1. oi...eu tenho ataxia de Friedrich qual é a da sua prima? entre em contato cmgo 11962777333

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  3. AJUDE-ME POR FAVOR TENHO UM MARIDO QUE BEBE MUITO NÃO AGUENTO MAIS,,CANSEI QUERO UMA PESSOA CARINHOSA QUE SEJA GENTIL E AGRADAVEL E QUE GOSTE DE MIM.SOFRO MUITO TENHO UM FILHO DE 13 ANOS ELE É MUITO CARINHOSO COMIGO SEPAREI DO PAI DELE DEVIDO A BEBIDA ME SEPAREI .
    DEPOIS DE 1 ANOS ARRUMEI UM OUTRO COMPANHEIRO, DEPOIS DE 5 ANOS MORANDO JUNTOS ELE COMEÇOU A BEBER E COMPLETOU O MEU SOFRIMENTO ,POIS SOFRO POR SER CADEIRANTE O NOME DO MEU PROBLEMA É ATAXIA FRENDYCH POIS É UMA DOENÇA QUE NÃO TEM CURA É UMA DOENÇA GENETICA.
    DEVIDO EU SER UMA CADERANTE SOFRO MUITO POR DEPENDER DE OUTRAS PESSOAS ,MEU MARIDO É UMA PESSOA GROSSA SEM EDUCAÇÃO TEIMOSA.
    NÃO AGUENTO MAIS ELE, E NEM ESSA VIDA.
    SOFRO MUITO CALADA,CHORO MUITO,,,QUERO MUDAR ESSA VIDA ,CHEGA ,NÃO AGUENTO MAIS.
    ME AJUDE COM QUALQUER COISA,UM CONSELHO OU REZE POR MI, QUAL FOR A AJUUDA EU AGRADEÇO.

    MEU E-MAIL creide_r@hotmail.com

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    1. oi...eu tenho ataxia de Friedrich
      entre em contato cmgo p conversarmos 11962777333

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  4. Oi, eu Josafar Macedo dos Reis,sou um portador de ataxia de friedreich, moro em Dormentes-PE a 885 km da capital, existem um número de pessoas muito alto com ataxia chegam a 40 pessoas em uma cidade com 17 mil habitantes.

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    1. oi...eu tenho ataxia de Friedrich
      entre em contato cmgo p conversarmos 11962777333

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  5. ola chamo me Cristina e sofro desta doença. tenho 34 anos e tudo manifestou se aos 14 anos quando fui atropelada. ate aos 18 anos fiz inumeros exames e a minha medica deu me o diagnostico e praticamente desistiu. passaram anos e sempre que vou a uma consulta com ela pergunta me "se ainda tou viva". tou numa cadeira de rodas, tou dependente de terceiros mas a minha cabeça funciona muito bem para o corpo que tenho. nunca fui de desistir de nada e acredito em melhoras. preciso de ajuda para nao lutar sozinha. neves.privsc@gmail.com

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    1. oi...eu tenho ataxia de Friedrich
      entre em contato cmgo p conversarmos 11962777333

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  6. ola chamo me Cristina e sofro desta doença. tenho 34 anos e tudo manifestou se aos 14 anos quando fui atropelada. ate aos 18 anos fiz inumeros exames e a minha medica deu me o diagnostico e praticamente desistiu. passaram anos e sempre que vou a uma consulta com ela pergunta me "se ainda tou viva". tou numa cadeira de rodas, tou dependente de terceiros mas a minha cabeça funciona muito bem para o corpo que tenho. nunca fui de desistir de nada e acredito em melhoras. preciso de ajuda para nao lutar sozinha. neves.privsc@gmail.com

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  7. oi meu nome é Janaina Possaamai, sou acadêmica de medicina da ULbra/Canoas/RS. Estou realizando meu projeto de conclusão do curso, ou seja o TCC, sobre a Ataxia de Friedreich onde tive um familiar com esta doença. esta já é falecida ha 4 anos, foram 6 meses de muita angustia e de visitas constantes a uti. foi muiito dificil, pois nao admitia ver ela sem poder falar, ver, ouvir, cheia de tubos e drenos. ate pensei em desistir da faculdade para cuidar dela e dar apoio aos outros familiares. se possivel gostaria que tanto familiares e portadores da doença entrasse em contato comigo para trocar experiencia sobre tal assunto. obrigado meu email é jana.med@terra.com.br

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    1. oi...eu tenho ataxia de Friedrich
      entre em contato cmgo p conversarmos 11962777333

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